terça-feira, 20 de novembro de 2012

SALVAÇÃO, UM DOM ETERNO DE DEUS, CONCEDIDA AO HOMEM ARREPENDIDO - Efésios 2.8




“PORQUE PELA GRAÇA SOIS SALVOS, POR MEIO DA FÉ; E ISTO NÃO VEM DE VÓS, É DOM DE DEUS” – Efésios 2.8.

Inicialmente falaremos da soberania de Deus em dá ao homem pecador a salvação que procede somente da sua misericórdia. Visto que o destino final de todo homem é a vida eterna com Cristo, e o tormento eterno com o diabo e seus anjos; neste último caso, não será possível chamá-lo de vida, porque a vida que existia em Eva e Adão se transformou em morte espiritual pela consequência do pecado cometido contra Deus, e a partir daí, passou a ser morte devido à situação de pecado em que os desobedientes se encontram, visto que amaram mais as trevas do que a luz.
Contrariando as aspirações religiosas e as manipulações da verdade suprimida pela injustiça, que a humanidade sempre se deleita em fazer, não será possível a salvação de todos ou 100% da população mundial. Isto não é intenção e nem vontade diretiva de Deus, acredito até que para Ele tomar esta decisão na eternidade, não foi necessário ouvir conselho de ninguém, pois, o Eterno Deus, o Senhor da História não necessita de conselho algum, até porque, quem o poderia ter instruído como diz Isaías 40.13-15 “Quem guiou o Espírito do Senhor? Ou, como seu conselheiro, e ensinou? Com quem tomou ele conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe mostrou o caminho do entendimento?”. Se perguntarmos ao texto se seria possível alguém preencher estes pré-requisitos, teríamos certeza que poderia facilmente assumir o lugar de Deus, pois Ele diante de alguém que pudesse lhe resolver isto, ficaria minimizado e sujeito. O grandioso de Deus, é que Ele não pode ser superado por ninguém, e nem Ele mesmo se dá a isto.
Pensar sobre o tema da dádiva da salvação é algo muito sensível e especial, que se não tomarmos cuidado com as interpretações dos textos bíblicos, poderemos cometer os equívocos que as religiões vêm cometendo ao longo dos anos; portanto se a Bíblia esclarece e traz luz a este assunto, através de textos bíblicos, pode confiar e descansar porque não haverá mais ninguém que lhe possa trazer alguma outra resposta, além dela; já se ela a Bíblia se calar em algum ponto, sobre o assunto, também é melhor que nós aceitemos e nos contentemos com o seu silêncio. É possível que haja assuntos e precisamos nos contentar com tais, que ficam a cargo de Deus e da sua vontade as suas referidas respostas, como diz o texto em Deuteronômio 29.29 “As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta Lei.” É óbvio, que não me refiro à salvação do Senhor, pois a nós e a nossos filhos já foi revelado total e completamente tudo o que é necessário da parte do homem saber sobre a dádiva da salvação pela Graça Divina, mediante a fé no Seu Filho Jesus Cristo. Inicialmente e suficientemente, precisamos saber que Deus prova o Seu Amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores; este fato já esclarece na nossa pobre alma o motivo por que a salvação é do Senhor, simplesmente porque não poderia ser nossa, ou de nós. Toda dádiva vem do céu, e se a salvação é dádiva o é necessariamente porque nós precisamos dela. E o Senhor Deus o sabe, muito bem. O texto de Deuteronômio 29 é no seu contexto um dos vários discursos que Moisés precisou fazer ao povo rebelde de Israel, confirmando a aliança de que Deus havia feito com eles, e mais uma vez eles haviam quebrado-a. Dentre tantas que iniciaram no capítulo 29 e foram até o final do livro de Deuteronômio, citarei estas em 30.6-7 “O Senhor, teu Deus, te introduzirá na terra que teus pais possuíram, e a possuirás; e te fará bem e te multiplicará mais do que a teus pais. O Senhor, teu Deus, circuncidará o teu coração e o coração de tua descendência, para amares o Senhor, teu Deus, de todo o coração e de toda a tua alma, para que vivas.” Esta é sem dúvida uma promessa acerca da vida gloriosa que o Senhor tem para o seu povo, já proferida ao povo tempos atrás em Deuteronômio 18.18, onde o povo de Israel estava conquistando as terras sob o governo de Deus e adquirindo as terras de outros povos, e consequentemente o risco de contaminar-se com as culturas e filosofias religiosas destes outros povos pagãos, veja o que diz o texto em Dt 18.18 “Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar.” Como sempre acontece a Palavra de Deus não pode falhar; Jesus ensinou em João 7.16 “Jesus lhes respondeu, e disse: A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou”. Posteriormente a Moisés, a promessa de uma nova aliança é confirmada a Israel por meio do profeta Jeremias, em 31.31-34; nesta nova Aliança no sangue do seu filho, Deus executa a sua vontade existente deste a eternidade em tomar para si um povo do meio das nações da terra, para que não mais quebrasse a sua aliança lhe desobedecendo, algo da parte de Deus seria feito em definitivo com relação à salvação dos pecadores, e Ele fez. Sendo concretizada com a vinda do messias a terra e cumprindo totalmente esta promessa com a Graça Salvadora manifestada não só a Israel, mas, total e abrangentemente a todas as pessoas na terra.
Primeiro, ela é uma dádiva – Foi idealizada por Deus, pela sua soberana vontade, executada no seu tempo pelo Seu Filho Jesus Cristo, cumprindo o desígnio do seu conselho santo, para o bem dos pecadores e a Glória do Seu Nome. Acredito que no céu, não haverá reclamações de porque pessoa A ou B não estão lá, e pessoas C e D estão, não há a possibilidade de Deus ter dado a salvação à pessoa errada, pelo contrário, Ele só é glorificado na salvação daqueles a quem Ele o der a Seu Filho, perguntarmos porque Deus dá algumas pessoas a Seu Filho para que Ele as salve, a mim, me parece ser uma daquelas respostas que a Bíblia esclarece por meio de textos que por mais que os leiamos ficamos com a impressão de que Deus não poderia ter feito daquela maneira, que Ele fez, por tão grande ser o nosso orgulho e rebeldia contra Ele, temos a sensação de que a salvação depende das pessoas, mas que ao mesmo tempo se Deus não iniciar o processo nada acontecerá; é exatamente o que vemos nos textos revelados no Novo Testamento começando (visão minha) em João 1.11-13 “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creram no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas da vontade de Deus.” Cumpriu-se a promessa feita a Israel no AT, o Senhor Deus jamais vai falhar, primeiro Ele vem a Israel, nasce da virgem, cresce no meio do seu povo, e se entrega por ele exatamente da maneira que Ele prometeu que faria, é óbvio que Deus não se resumiu a salvar apenas Israel, porque o próprio texto esclarece que esta ação atingirá mais pessoas, alem de Israel, quando diz: “mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder”, se todo se refere a 100% das pessoas na terra, ficaríamos em apuros para conciliar o evangelho de Jesus com outros evangelhos, mas como o texto explicita “quanto o receberam” torna-se esclarecedor que naturalmente não será 100% das pessoas, isto porque o poder só é dado aos que nascem do Espírito, como completa o v.13 “aos quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”. Deus não tem prazer em condenar pecadores ao inferno, mas Ele o fará a todos que não receberam a dádiva poderosa por meio do Seu Filho. O Filho é a porta, o Filho é o Caminho, o Filho é o Mediador, uma vez seja por que motivo for, o homem prefira viver e continuar no seu pecado, mesmo tendo ouvido de Jesus pessoalmente que o ajuda naquilo que ele não pode fazer para desfrutar desta dádiva da salvação, ele será condenado, e não haverá injustiça alguma da parte de Deus. Ninguém levantará no juízo e colocará o dedo no rosto de Deus, para dizer que Ele foi injusto em não salvá-lo, como Ele salvou aos demais que mesmo sem poderem e não tendo como conseguir por eles mesmos deixar os seus pecados foram amados e ajudados por Jesus.
Algo que nunca vou deixar de lembrar aos não salvos, é todo o ensino de João 3.16 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Como habituamos ressaltar só a parte inicial do texto! E é real fazê-lo, porem, não podemos omitir o seu todo, o amor será de fato realidade só na vida de todo aquele que nele crê, portanto, não cabe a nós decidir quem deverá ou não crê, porque isto foi reservado a Deus, mas a pregação correta exige que enfatizemos também o juízo de Deus que o versículo nos mostra, além demonstrar só o amor que Deus tem pelas pessoas.
Há ainda outros textos, como João 3.3, João 5.25, João 6.37, João 6.65, que nos mostram claramente que a salvação é dádiva, e, portanto, Deus a distribui com os seus próprios critérios, não os critérios feitos e idealizados pela mente pecaminosa dos homens.

“Contentemos apenas em pregar que Deus salva pela Sua Palavra, mas, nos reservemos em esperar que Ele faça o que só Ele mesmo pode fazer, que é dá vida aos homens mortos espiritualmente, levados ao arrependimento pelo Seu Espírito Santo” (Pr Salésio Porto)

Em Cristo Jesus!
Pr Salésio Porto 20/11/2012

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