sábado, 17 de novembro de 2012

QUANTO TEMPO DEVE DURAR UM GUERRA - 2 Sm 3.1



2 Samuel 3.1 – Quanto tempo deve durar uma guerra.

“Durou muito tempo a guerra entre a casa de Saul e a casa de Davi; Davi se ia fortalecendo, porém, os da casa de Saul iam enfraquecendo”.

                Até aqui no contexto histórico deste versículo, muita coisa havia acontecido com estas duas casas as quais se refere o texto acima. E todos os acontecimentos estavam ligados e faziam parte da conseqüência das escolhas que cada pessoa, tribo e a nação de Israel fizeram. Já dividido em reino do norte e do sul, 10 tribos escolheram serem governadas por eles mesmos, pelos seus desejos mundanos e egoístas, baseados nos modelos dos povos vizinhos.
                Deus permitiu que escolhessem o seu rei, conforme o perfil elaborado, dado ou idealizado pelo povo, para os atender e de conformidade com o desejo do povo; foi a casa de Saul; (como fica a mente ou consciência de um homem hoje, quando apostada e passa por cima da vontade de Deus? eu temo e tremo ao perceber a possibilidade de acontecer comigo). Já o remanescente fiel, perseverante e peregrino; resistiram á tentação mundana de copiar a tendência da maioria e a última moda; foram: Judá e Benjamim, da qual Deus chamou Davi, que agora conforme o texto em 2 Sm 2.4 “Então, vieram os homens de Judá e ungiram ali Davi rei sobre a casa de Judá. E informaram Davi de que os homens de Jabes-Gileade foram os que sepultaram Saul” está no trono.

Alguns exemplos de atividades que a Casa de Saul colheu:
1- A Inveja, em 1 Sm 18.8-9 diz: “Então, Saul se indignou muito, pois estas palavras lhe desagradaram em extremo; e disse: Dez milhares deram elas a Davi, e a mim somente milhares; na verdade, que lhe falta, senão o reino? Daquele dia em diante, Saul não via a Davi com bons olhos”. Saul ficou numa situação tão lastimável no seu espírito, que não suportava mais, nem, o cântico de alegria das mulheres ressaltando as vitórias de Davi após vencer a guerra contra os inimigos do povo de Deus. 1 Sm 18.6-7 “Sucedeu, porem, que, vindo Saul e seu exército, e voltando também Davi de ferir os filisteus, as mulheres de todas as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, cantando e dançando, com tambores, com júbilo e com instrumentos de música. As mulheres se alegravam e, cantando alternadamente, diziam: Saul feriu os seus milhares, porém, Davi, os seus dez milhares”. Mais uma vez os olhos sempre voltados para os resultados dos outros; não que não seja bom saber e contá-los, mas só é lícito se é fruto de um trabalho honesto e ordenado pelas Escrituras.
           2- Sua indignação injusta era tão maligna que chegou a adoecer; porque em seu coração havia espaço com folga para o mal, 1 Sm 18.10 “No dia seguinte, um espírito maligno, da parte de Deus, se apossou de Saul, que teve uma crise de raiva em casa; e Davi, como nos outros dias, dedilhava a harpa; Saul, porém, trazia na mão uma lança”. Ao ponto de ter uma crise de raiva em casa, não é esta a situação de alguém que não é dirigido pelo Espírito do Senhor? Que contraste; um mundano traz para a guerra do pecado uma lança, como será que ela poderá ganhar a guerra contra o espírito? Já um espiritual traz para a guerra do pecado uma harpa, que pode iniciar a preparação da alma para ouvir a Palavra. O texto diz um espírito maligno da parte de Deus, ora Deus vai se prestar a isso, já não era conhecido do homem desde Adão e Eva o conhecer o mal, por experiência? Creio que sim. Fica muito claro no texto que os frutos das decisões e escolhas feitas segundo a carne e não segundo o Espírito, levam a morte. Em 1 Sm 18.11 Saul disse: “que arrojou, dizendo: Encravarei a Davi na parede. Porém Davi se desviou dele por duas vezes”. Fica evidente o por que deste ciúme maligno e doentio, Deus havia feito passar o momento e o tempo de Saul, e havia levantado pelo Seu Espírito um outro homem, Davi.
            3- Abandono dos filhos e consequentemente toda a geração futura, provavelmente os filhos de Saul, cansados de sofrerem com as decisões atrapalhadas do seu pai em ir fazendo concessões e agradando ao povo, ou até mesmo a falta de atenção, amor e amizade com seus filhos; ao ponto de seu filho Jônatas muito afeiçoado a Davi, trabalhou várias vezes para defender e esconder seu amigo da ira do seu pai Saul. Sua filha Mical avisou a Davi sobre mais um das incontáveis vezes que Saul seu pai tentou matar a Davi, inclusive ajudando-o a fugir por uma janela e forjando está Davi acamado doente, colocando sob os lençóis um boneco.
                Saul reconheceu seu erro para com Davi, após ter ficado exposto à morte por Davi, mas ter sido tratado com dignidade, voltou para o seu lugar. Como covarde que era, temendo o exército dos filisteus preparados para a guerra contra Israel, Saul não confiou no Senhor da guerra, mas consultou uma feiticeira em Em Dor conforme 1 Sm 28.5-7 “Vendo Saul o acampamento dos filisteus, foi tomado de medo, e muito se estremeceu o seu coração. Consultou Saul ao Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas. Então, disse Saul aos seus servos: apontai-me um mulher que seja médium, para que me encontre com ela e a consulte. Disseram-lhe os seus servos: há uma mulher em Em-Dor que é médium”. O final da história, nós já podemos imaginar e conhecemos; um homem fragilizado espiritual, emocional e psicologicamente é presa fácil na mão de espíritos malignos, é só dizer a “revelação” e passar a mão na oferta. Chegando assim Saul, ao nível mais baixo de degradação espiritual, desprezou a Deus e foi instrumento ou servo de satanás.

Alguns exemplos de atitudes que a casa de Davi conheceu:

1- Confiança – Esta é a base para uma vida abundante e plena no Senhor, como diz o salmo 125.1 “os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se abala, mas permanece para sempre”. É daqui que advém todas as demais bênçãos e vitórias na vida de um homem que é chamado pessoalmente pelo Senhor para a sua obra e traz a marca ou o selo, a identidade de Jesus na sua vida.
        2- Auxílio ao seu redor – Os filhos do adversário, passou a lhe respeitar e quiseram construir uma amizade sólida e verdadeira com Davi, ajudaram e lhe proteger, trabalharam para ele e do seu lado.
         3- É usado por Deus para edificar os caídos – Como fez Davi, ao tocar a sua harpa para confortar e consolar a alma abatida de Saul, e poupou-lhe a vida num momento de guerra.
          4- É benigno – Davi poupou a vida de Saul, quando teve oportunidade de destruí-lo para nunca mais tê-lo de encontrar de novo. Lamentou a morte de Saul, que havia lhe feito só o mal, preparando emboscadas e enviando milícias para matá-lo. Demonstrou nobreza e amor.
        5- A confirmação no Ministério – Davi foi colocado oficialmente no trono do reino e as suas vitórias que já eram conhecidas de todas as cidades passaram a fazer parte da rotina de um povo sob a sua condução firme.

               Tudo isto, nos faz pensar que, na nossa caminhada hoje, haverá adversários e espinhos, momentos tristes, de lutas bravias e persistentes, onde exigirá de cada um de nós, um algo a mais, para que a missão que recebemos do nosso Cabeça, não sofra manchas ou arranhões e nem danos, pela nossa falta de atitude, mas sempre, que tivermos que tomar cada uma daquelas que forem necessárias, deveremos baseá-las nos valores do Reino do Senhor Jesus Cristo, e não segundo os nossos desejos ou do nosso jeito. Tomara Deus, se apraza de nós e nos tome para fazermos uma grande diferença.
              Esta é a minha oração.
              Da casa de Davi, descende o Cristo.
              A guerra de Deus vai até onde Ele mesmo põe termo. E para nós o termo da guerra deve ser Jesus e a sua vontade revelada em Sua Palavra.


“Qualquer ensinamento que não se enquadre nas escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias.” Matinho Lutero.

“Quando procuramos a verdade sobre a vida e a doutrina cristã, não podemos descansar apenas na experiência pessoal. Temos de alicerçar todo o nosso ensino na Palavra de Deus revelada.” John MacArthur.



Autor: Pr Salésio Porto

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