terça-feira, 20 de novembro de 2012

A ATITUDE DE UM VERDADEIRO SERVO - João 3.30



João 3.30: “CONVÉM QUE ELE CRESÇA E QUE EU DIMINUA”

Ao lermos este texto poderemos fazer-lhe algumas indagações necessárias para a nossa melhor compreensão: Porque convém que Ele cresça? Qual é o crescimento que Ele necessita? E em quê, preciso diminuir? Tentarei responder a estas três perguntas, objetivando unicamente trazer às nossas vidas a tão almejada, falada, buscada e pregada edificação espiritual.
Homens, Mulheres e Crianças, todos são chamados por Deus; das trevas para a luz, do domínio mundano para a família de Deus, única e exclusivamente pela Sua Graça. Não admitindo que nenhum ser humano, do mais experiente ao menos experiente, sejam, capazes de chegar ao nível desejado por Deus de santidade, se esta dádiva não lhe for concedida dos céus. Como ensina o Apóstolo João 3.27 “Respondeu João: O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada.” O contexto que João está ensinando é por causa do que aconteceu anteriormente, Jesus ao chamar os doze, e para esta escolha, passou a noite orando ao Pai, e seu objetivo sem dúvida era o de dar continuidade ao plano de Evangelização que é da Sua Vontade, cada Apóstolo chamado, cada Pessoa que é alcançada pela mensagem do Evangelho, terá no Reino uma grande missão a ser desempenhada na Igreja de Jesus. E Jesus prosseguia a evangelizar e batizar, como João já havia compreendido o seu papel no Reino, e como diz João 3.23 “Ora, João estava também batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muita água, e para lá concorria o povo e era batizado.” Jesus não morreu de ciúmes por João também está batizando, pois, incoerência seria da sua parte, visto que foram exatamente para este propósito que Ele chamou Os Seus Apóstolos, com acréscimo é claro da pregação e oração. Mas, notem que a resposta de João está logo após um fato curioso, isto, porque o que se esperaria de discípulos de João e de judeus? Comunhão é claro! Não! Isto é se do céu lhes for concedido, vejam João 3.25 “Ora, entre os discípulos de João e um judeu suscitou-se uma contenda com respeito à purificação.” Conceito Antigo e conceito Novo, o judeu com a tradição e a má compreensão da Antiga Aliança, e o discípulo de João com a nova compreensão, traga a ele pela Graça. A primeira objeção à santidade de Deus no homem é a sua própria condição pecaminosa arraigada em sua natureza, diz também a Bíblia que todos estão mortos nos seus delitos e pecados, não há condições no próprio ser humano para; por ele, e em, si mesmo, atingir tão sublime excelência em perfeição.
Cabe a primeira pergunta: Porque convém que Ele cresça? Porque foi para isso que Ele veio, para ser Rei, não lhe cabe o papel de coadjuvante, após cumprir o seu papel de Redentor Vivo, Jesus Cristo e A Cabeça, a ele pertence à Primazia, Honra, Glória e o Louvor dos seus servos. Não é necessário então responder por que é que o homem não pode crescer, visto que não tem condições e o seu papel na criação não é, e nunca será o de ocupar o lugar do Salvador Jesus. A segunda pergunta é logo introduzida e respondida: Qual o crescimento que Ele necessita? Aquele crescimento revelado a Lucas e ensinado por ele em Lucas 2.52 “E crescia Jesus em Sabedoria, Estatura e Graça, diante de Deus e dos homens.” Existe algum homem sábio, se do céu isto não lhe for dado? Existe algum homem grande, no sentido de ser uma grandeza (diante da vontade de Deus), se do céu isto não lhe for dado? Existe algum homem grande em Graça, se do céu isto não lhe for dado? Visto que todas estas coisas foram dadas a Jesus, nós como seus servos nos contentaremos em nos submetermos a Ele em oração e súplica para que nos dê um pouco daquilo que só Dele poderemos receber. Então passemos a terceira pergunta: Em que é preciso diminuir? Quem deve crescer já ficou claro. Diminuir então, nos cabe a nós homens; diz em Provérbios 18.12 “O coração do homem se exalta antes de ser abatido e diante da honra vai a humildade.” E em Provérbios 15.33 “O temor do Senhor é a instrução da sabedoria, e precedendo a honra vai a humildade.” Em nenhum momento o homem conseguiu controlar o poder e a capacidade que lhe fora conferida por Deus na criação, Salomão registra isto em Eclesiastes 7.29 “Eis o que tão somente achei: que Deus criou (fez) o homem reto, mas ele(o homem) se meteu em muitas astúcias”. Começando por Eva e Adão no Éden, como está registrado em Gêneses 3.6 “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.” Não há coincidência nos fatos, não é mesmo? Primeiro viu, “vendo a mulher”, concupiscência dos olhos; segundo experimentou, “boa para se comer”, concupiscência da carne; terceiro exaltou-se, “agradável para dar entendimento”, soberba da vida.
Concluo esta reflexão com um pesar no meu coração: “toda vez que tentarmos crescer mais do que Jesus, estaremos nos metendo em astúcias”, o lugar que nos cabe então, e deixar que Ele cresça, e buscar o nosso lugar de humildes servos, para que atrapalhemos menos a desenrolar de Sua Obra na terra.

“Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procedem do pai (não é do Pai), mas do mundo” (1ª João 2.16).

Em Cristo Jesus!
Pr Salésio Porto – 20/11/2012

5 comentários:

  1. Deus seja louvado sempre.
    Que o senhor seja hoje e sempre tão grandioso e que possamos sempre ser estrumento da vossa palavra. Que sejamos pequenos e que o senhor jesus possa ser grande nas nossas vidas.amém.🙏

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  2. Muito bom pastor Deus abençoe sua vida

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  3. Sendo assim, Deus se agrada de todos aqueles que não se excedem do seu próprio ego, da sua natureza pensante, dos seus limites de conhecimento e principalmente da sua vaidade carnal. Tudo abaixo dos céus é vaidade. Torna o homem orgulhoso dos seus feitos e arrogante pela soberba e pelo engano. Ser o menor verdadeiramente é ser passivo a voz de Deus e obediente ao seus ensinamentos. Quem cumpre a sua Palavra é o menor, pois, na sua Palavra tem tudo para nos tornar o menor e garantirmos a vida eterna.

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