João 3.30: “CONVÉM
QUE ELE CRESÇA E QUE EU DIMINUA”
Ao
lermos este texto poderemos fazer-lhe algumas indagações necessárias
para a nossa melhor compreensão: Porque convém que Ele cresça? Qual é o
crescimento que Ele necessita? E em quê, preciso diminuir? Tentarei responder a
estas três perguntas, objetivando unicamente trazer às nossas vidas a tão almejada, falada, buscada e pregada edificação espiritual.
Homens,
Mulheres e Crianças, todos são chamados por Deus; das trevas para a luz, do domínio
mundano para a família de Deus, única e exclusivamente pela Sua Graça. Não admitindo
que nenhum ser humano, do mais experiente ao menos experiente, sejam, capazes
de chegar ao nível desejado por Deus de santidade, se esta dádiva não lhe for
concedida dos céus. Como ensina o Apóstolo João 3.27 “Respondeu João: O homem não pode receber coisa alguma se do céu não
lhe for dada.” O contexto que João está ensinando é por causa do que
aconteceu anteriormente, Jesus ao chamar os doze, e para esta escolha, passou a
noite orando ao Pai, e seu objetivo sem dúvida era o de dar continuidade ao
plano de Evangelização que é da Sua Vontade, cada Apóstolo chamado, cada Pessoa
que é alcançada pela mensagem do Evangelho, terá no Reino uma grande missão a
ser desempenhada na Igreja de Jesus. E Jesus prosseguia a evangelizar e
batizar, como João já havia compreendido o seu papel no Reino, e como diz João
3.23 “Ora, João estava também batizando
em Enom, perto de Salim, porque havia ali muita água, e para lá concorria o
povo e era batizado.” Jesus não morreu de ciúmes por João também está
batizando, pois, incoerência seria da sua parte, visto que foram exatamente
para este propósito que Ele chamou Os Seus Apóstolos, com acréscimo é claro da
pregação e oração. Mas, notem que a resposta de João está logo após um fato
curioso, isto, porque o que se esperaria de discípulos de João e de judeus? Comunhão
é claro! Não! Isto é se do céu lhes for concedido, vejam João 3.25 “Ora, entre os discípulos de João e um
judeu suscitou-se uma contenda com respeito à purificação.” Conceito Antigo
e conceito Novo, o judeu com a tradição e a má compreensão da Antiga Aliança, e
o discípulo de João com a nova compreensão, traga a ele pela Graça. A primeira objeção à santidade de Deus no
homem é a sua própria condição pecaminosa arraigada em sua natureza, diz também a Bíblia
que todos estão mortos nos seus delitos e pecados, não há condições no próprio
ser humano para; por ele, e em, si mesmo, atingir tão sublime excelência em
perfeição.
Cabe
a primeira pergunta: Porque convém que Ele cresça? Porque foi para isso que Ele
veio, para ser Rei, não lhe cabe o papel de coadjuvante, após cumprir o seu
papel de Redentor Vivo, Jesus Cristo e A Cabeça, a ele pertence à Primazia,
Honra, Glória e o Louvor dos seus servos. Não é necessário então responder por
que é que o homem não pode crescer, visto que não tem condições e o seu papel
na criação não é, e nunca será o de ocupar o lugar do Salvador Jesus. A segunda
pergunta é logo introduzida e respondida: Qual o crescimento que Ele necessita?
Aquele crescimento revelado a Lucas e ensinado por ele em Lucas 2.52 “E crescia Jesus em Sabedoria, Estatura e
Graça, diante de Deus e dos homens.” Existe algum homem sábio, se do céu
isto não lhe for dado? Existe algum homem grande, no sentido de ser uma grandeza
(diante da vontade de Deus), se do céu isto não lhe for dado? Existe algum
homem grande em Graça, se do céu isto não lhe for dado? Visto que todas estas
coisas foram dadas a Jesus, nós como seus servos nos contentaremos em nos
submetermos a Ele em oração e súplica para que nos dê um pouco daquilo que só
Dele poderemos receber. Então passemos a terceira pergunta: Em que é preciso
diminuir? Quem deve crescer já ficou claro. Diminuir então, nos cabe a nós
homens; diz em Provérbios 18.12 “O
coração do homem se exalta antes de ser abatido e diante da honra vai a
humildade.” E em Provérbios 15.33 “O
temor do Senhor é a instrução da sabedoria, e precedendo a honra vai a
humildade.” Em nenhum momento o homem conseguiu controlar o poder e a
capacidade que lhe fora conferida por Deus na criação, Salomão registra isto em
Eclesiastes 7.29 “Eis o que tão somente
achei: que Deus criou (fez) o homem reto, mas ele(o homem) se meteu em muitas
astúcias”. Começando por Eva e Adão no Éden, como está registrado em
Gêneses 3.6 “Vendo a mulher que a árvore
era boa para se comer, agradável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e
comeu e deu também ao marido, e ele comeu.” Não há coincidência nos fatos,
não é mesmo? Primeiro viu, “vendo a mulher”, concupiscência dos olhos; segundo experimentou,
“boa para se comer”, concupiscência da carne; terceiro exaltou-se, “agradável
para dar entendimento”, soberba da vida.
Concluo
esta reflexão com um pesar no meu coração: “toda vez que tentarmos crescer mais
do que Jesus, estaremos nos metendo em astúcias”, o lugar que nos cabe então, e
deixar que Ele cresça, e buscar o nosso lugar de humildes servos, para que
atrapalhemos menos a desenrolar de Sua Obra na terra.
“Porque tudo o que há no
mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da
vida, não procedem do pai (não é do Pai), mas do mundo” (1ª João 2.16).
Em
Cristo Jesus!
Pr
Salésio Porto – 20/11/2012
Deus seja louvado sempre.
ResponderExcluirQue o senhor seja hoje e sempre tão grandioso e que possamos sempre ser estrumento da vossa palavra. Que sejamos pequenos e que o senhor jesus possa ser grande nas nossas vidas.amém.🙏
Forte muito forte!!
ResponderExcluirMuito bom pastor Deus abençoe sua vida
ResponderExcluirÓtimo estudo
ResponderExcluirDeus abençoe sua vida!
Sendo assim, Deus se agrada de todos aqueles que não se excedem do seu próprio ego, da sua natureza pensante, dos seus limites de conhecimento e principalmente da sua vaidade carnal. Tudo abaixo dos céus é vaidade. Torna o homem orgulhoso dos seus feitos e arrogante pela soberba e pelo engano. Ser o menor verdadeiramente é ser passivo a voz de Deus e obediente ao seus ensinamentos. Quem cumpre a sua Palavra é o menor, pois, na sua Palavra tem tudo para nos tornar o menor e garantirmos a vida eterna.
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