O SUSTENTO PASTORAL
– EM Mt 28, Mc 16 e Lc 24.
Sempre que vemos ou vamos estudar e ensinar sobre este
assunto nas Escrituras; o que quase não o fazemos nas igrejas, talvez por isso;
temos alguns de nós, maiores dificuldades; percebemos que sempre os textos que
são mais comuns a serem utilizados são: 1ª Tm 5.17-18, 1ª Cor 9.13-14; o que é
perfeitamente bíblico, útil e correto utilizarmos todos eles e diversos outros
textos, não só no NT, mas como também há no AT.
Hoje, se me
permitem, gostaria de abordar este tema com os textos em Mateus 28.18-20,
Marcos 16.15-18 e Lucas 24.44-51. Certamente não é muito comum, pois sempre
vemos serem utilizados, e também os utilizamos para ensinarmos sobre
Evangelização, Discipulado a Novos Convertidos, Ministrar Palestras, Seminários
e Conferências Evangelísticas, o que também é perfeitamente bíblico, útil,
edificante e correto em utilizá-los. Foram até dados pelo Senhor Jesus para
este fim. Eu é que tomai a liberdade em utilizá-los por este ângulo.
Porém,
gostaria de abordar este tema: Sustento Pastoral, pela perspectiva bíblica do
ministério do pastor, ou pela visão do líder e não pela visão da, e aplicada à
Igreja, somente. Lembremos o que ensina o primeiro texto indicado acima; 1ª Tm 5.17-18, e o que diz o v.17 “Devem
ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros (uma das atribuições do pastor; do grego
Presbuteros/presbíteros = Ancião – com vida sensata, respeito e influência,
lidera pelo exemplo, idade/experiência) que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na Palavra e no
Ensino”. Quando lemos e ensinamos este texto para a igreja com o desejo de
que ela se sensibilize e sustente o seu pastor, ou nos sustente; com uma melhor
remuneração, podemos está vendo, no sentido de enxergando, somente o que se
aplica a ela, a igreja. O que não é errado, mas, sim não é completo. O que eu
estou querendo dizer ou mostrar é sem dúvida o que está nos textos; em 1ª Tm
5.17b “... merecedores de dobrados
honorários os pastores que presidem bem, com especialidade os que se afadigam
na Palavra e no Ensino”. O que é muito justo, pois, há pastores que se
contentam com o pouco que recebem, e há pastores que se preocupam (no sentido
de explorar melhor o potencial) em expandir e aplicar o ensino numa proporção
maior depende, da visão que Deus dá a cada um, ou que cada um entendeu de Deus.
Temos hoje,
diversos “profissionais” do púlpito sendo soltos no “mercado” da igreja, pois,
infelizmente é o que virou muitas hoje em dia, e se não tomarmos as rédeas e
cuidarmos para que isto não infecte também o nosso próprio arraial; pois não
aponto só para os outros, mas, a nós mesmos e a nossa denominação/instituição.
Quantos profissionais, digo, presbíteros/pastores, líderes; colocamos no
mercado para preencher ou pleitear “vagas” nas cobiçadas igrejas grandes, que
têm ótimas e avolumadas entradas? Seria esse o nosso papel? E aqui, para nós;
qual é mesmo o papel do pastor/presbítero/bispo? Portanto queridos colegas, só
poderemos ter a autoridade de abrir a Bíblia nestes textos para ensiná-los à
igreja de Jesus, se desde sempre, tenhamos arraigados em nossa alma a essência
do Santo Ministério, preparar e capacitar bem os nossos pastores.
Mas, ainda
não é o que, e o que; propus a refletirmos, se assim posso dizer; que é sobre
Sustento Pastoral. Não dá para nos preocuparmos apenas sobre a perspectiva que
cabe à Igreja, que já é um ótimo serviço que prestamos a ela; que tem o seu
papel de sustentadora. Mas, sim, e também; com a parte que nos cabe, presidir
bem, e com especialidade. Se fizermos isto, presidirmos bem, e com
especialidade; Deus levará com sempre tem feito, a sua Igreja, a qual nos deu
pelo seu chamado para cuidar e cumprir a sua missão, “ide”; e assim, haverá
capacidade e condições, não só para o sustento digno do seu pastor, mas também
para todos os outros pastores que o senhor chamar.
Por isso, a
proposta da abordagem do sustento pastoral, começa com a execução da ordem dada
por Jesus em Mateus 28, Marcos 16 e Lucas 24; “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações...” só assim,
haverá fartura para o sustento digno. Enquanto estivermos planejando, falando,
pensando, escrevendo e tudo não saindo do papel, o qual, eu conheço um pouco;
pois trabalho numa fábrica, que o produz (Xerox = 75 gramas em cada metro quadrado;
70% de fibras de eucalipto e + inorgânicos e 5% de água), e não sou contra
utilizarmos papeis para registros dos métodos, recursos e estratégias, do que
temos de fazer, digo temos de fazer, porque é questão de sobrevivência, ou
fazemos (sendo usados pelo Espírito Santo) ou morremos.
E, o texto
em 1ª Tm 5.17 continua, “Pois a
Escritura (AT) declara: Não amordaces o
boi, quando pisa o trigo. E ainda: O
trabalhador é digno do seu salário”. Como já discorri anteriormente
sobre o v.17; novamente repito neste v.18; com relação à aplicação voltada
somente para a responsabilidade da igreja, o que é cabível a ela em relação ao
seu pastor; e devemos ensiná-las este princípio do Senhor. Mas, não é completo;
não é só para aplicarmos à Igreja, é o que vejo; que o Apóstolo Paulo escreveu
a Timóteo lembremo-nos de que esta carta é dirigida ao pastor (tímido e
introvertido pelo contexto) Timóteo; o que nos faz voltar, nós pastores também,
ao texto e receber dele algo belo e fantástico, mas, que hoje, às vezes até entre
nós mesmos é muito difícil de aceitarmos. Estes textos nos exortam pelo
Espírito Santo, como também exortou a Timóteo, outra verdade contida nele; e
não vai mudar em nada e nunca; o que nele está ensinando. Por mais que se
queira encobrir e passar maquilagem, pois temos inúmeros “mestres” para isso
hoje; e muitos deles até desempregados, pois, o profissionalismo do santo
ministério já é uma realidade; o que eu não sou contra se olharmos na
perspectiva da igreja peregrina, mas aqui, na terra. Desde que seja preservada
a essência e o Espírito Bíblico do assunto; que seja entre nós: Deus (na Sua
Palavra), a Igreja e o Pastor. Pois se abrirmos e abraçarmos a forma mundana
com que são tratados todos os profissionais em suas áreas de atuação
profissional, faz-se um curso profissionalizante, de preferência um dos mais
acessíveis (o que é um direito), que se for utilizado apenas esse critério para
a sua escolha, pode incorrer em escolher não apropriadamente, e sim, o mais
“popular” ou o “na moda”; e a capacitação e habilidade prática para oferecer o
serviço se torna o que nós já sabemos e temos visto todos os dias em seus
resultados, pelos exemplos na mídia (sopa no lugar de soro, ácido no lugar de
medicamento e etc.), é obvio que há ótimos exemplos no meio destes, mas, o que
quero exemplificar e chamar a atenção, não é o profissional em si, se é capaz
ou incapaz; mas, da perspectiva do responsável pela capacitação, A Instituição.
O que nos
faz pensar em nós, como a Igreja Eterna de Jesus Cristo. Semeia-se pouco, colhe
pouco, semeia-se com fartura, colhe em abundância. Não dê só palha, dê sim o
trigo diz o Senhor; e o trigo é sem dúvida a que de melhor tem que ser dado, A
Palavra de Deus (Jr 23).
Há uma
prioridade, a ser executada; A Obra é prioritária em relação aos obreiros, se
necessário for, façamos tenda porá comermos e pregarmos o Evangelho de Jesus,
mas primeiro a Obra; há uma perda de tempo muito grande da nossa parte, a ordem
é urgente e contínua, como dizem os especializados na interpretação do que Jesus
falou em Mateus 28. Não creio que há necessidade, mas, ao mesmo tempo, admito
que seja necessário, fazer conosco o que Jesus fez em Marcos 16 com os seus
discípulos: “Finalmente, apareceu Jesus
aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de
coração, porque não deram crédito aos que o tinham visto já ressuscitado”.
Por que
estavam à mesa? Planejando, conversando ou orando talvez! O texto não se
preocupou em dizer-nos, mas, podemos pensar em um misto de tudo isso e muito
mais; nós estamos à mesa da comunhão do, e com, o Senhor? Aos desavisados, há
segundo o Senhor Jesus, um inimigo que é “mestre” em semear junto com a boa
semente do dono do campo, à hora em que os trabalhadores da seara estão
dormindo ele semeia o joio. A explicação desta parábola diz que o joio são os
filhos do maligno, e o que semeou é o diabo.
É necessário que sejamos censurados
por Jesus na sua Graça para que todos nos submetamos às Suas Ordens, que em
muitas vezes por causa dos; “eu” e “meu” dos profissionais do ministério, somos
atrapalhados provisoriamente ou circunstancialmente de desenvolvermos com
alegria e entusiasmo uma tarefa que é muito simples, quando somos simples
também. O que somos na verdade e não podemos mudar (por “nossos esforços
carnais” e “expertises”) e sim, somos mudados pelo agir santo do Espírito Santo
para a Sua Obra do Ministério; como lhe aprove ao Senhor Jesus na Sua Graça.
Mas, ficamos querendo ajudar a Deus com os nossos; “jeitos” e “trunfos nas
mangas” poderosos e místicos, e na verdade não damos crédito aos santos ensinos
das Escrituras, e por isso corremos o riso de ficarmos como eles, presos; e
perdermos a oportunidade que os “que o
tinham visto já ressuscitado” conseguiram vê.
Em Lucas 24,
Jesus abriu o entendimento deles, para compreenderem as Escrituras; quem sabe,
não estamos deixando de abri-las, contínua e diariamente para aplicá-las às
nossas pobres e miseráveis almas tão viciadas e assediadas pelo engano e pelo
pecado que tão de perto nos assedia. Por isso, é preciso Deus separar alguém
dentre nós mesmos “pobres” e “ricos imortais” pela sua bondosa e misericordiosa
providencia, para nos corrigir, instruir, ensinar e guiar no caminho da
justiça, conforme o texto em 2ª Tm 3.16-17.
Aplicação: Portanto, aspiremos Sustento
Pastoral:
► Se dedique ao Senhor e ao Seu
Chamado;
► Disponibilize tempo para receber ajuda
de outros especialistas capazes de lhe ensinar e instruir em como fazê-lo;
► Pratique Bem o seu Ofício, com
especialidade no seu serviço;
► Seja Incansável (se afadigue) na
Palavra e no Ensino.
Quem sabe, e nós já sabemos, proverá Deus;
não só o Sustento Pastoral para os que já são uma realidade no nosso meio, mas,
também; chame mais Obreiros para a Sua Seara.
Em Cristo! Pr Salésio
Porto – 09/11/2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário